Selfies fazem crescer procura por cirurgia plástica facial

Por:admin
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05

maio 2015

Além do interesse por várias curtidas nas redes sociais, o fenômeno da selfie tem feito com que pessoas busquem por cirurgia plástica facial para correções no rosto, visando melhorar sua autoimagem nas fotos deste tipo.

É o que revela um estudo publicado no ano de 2014 pela Academia Americana de Plástica Facial e Cirurgia Reconstrutiva. Foram ouvidos 2700 médicos, sendo que 1 em cada 3 deles disseram ter registrado aumento na procura por cirurgia plástica facial a fim de melhorar a autoimagem nas redes sociais. Registrou-se aumento no número de rinoplastias (10%), implantes de cabelo (7%) e cirurgia de pálpebra (6%). Os médicos pesquisados afirmaram ainda que os pacientes traziam suas selfies para o consultório, onde apontavam as insatisfações.

Não foram realizados estudos sobre o aumento na procura por cirurgia plástica facial no Brasil, mas em números, o mercado brasileiro é muito parecido com o americano, e por aqui a situação não é muito diferente. Embora não sejam dados oficiais, muitos médicos brasileiros começaram a sentir que a insatisfação de seus pacientes quanto a própria imagem partia da popular selfie.

A cirurgia plástica facial é geralmente procurada por quem deseja melhorar aspectos no rosto e aumentar a autoestima. O que acontece é que redes sociais como o Instagram, o Snapchat e até mesmo o Facebook usam de muita exposição em imagem, e neste caso a selfie dá uma impressão errada às pessoas. A selfie é tirada de muito perto (um braço de distância ou um pouco mais no caso de um selfiestick), o ângulo nem sempre é favorável e a iluminação pode não ser a aconselhada, o que pode comprometer a fotografia. Além disso é muito comum o uso de filtros e aplicativos que melhoram a aparência das imagens e, sendo assim, o que temos é uma comparação da nossa imagem real com a imagem manipulada dos outros, isso faz com que pareçamos desfavorecidos.

Um padrão de beleza tido como “ideal” sempre pressionou a todos nós. Antigamente nos comparávamos com modelos em anúncios e na capa de revistas, porém sabíamos que se tratava de modelos profissionais, maquiados, em estúdios bem produzidos e clicados por fotógrafos renomados. Agora, porém, nos comparamos a um padrão de beleza que é imposto por pessoas conhecidas, as quais sabemos que cruzaremos algum dia. Isso parece reforçar a pressão.

Se a cirurgia plástica facial tiver o objetivo de colocar o paciente em ordem consigo mesmo, melhorando sua autoestima, trará benefícios para o paciente e para sua saúde como um todo. No entanto é preciso avaliar com discernimento casos onde o paciente está buscando a perfeição, quando na verdade perfeição é algo meramente utópico, de fato não existe.

 


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